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Glocalização: o renascimento do consumo de música local

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Um novo estudo explora o efeito de um novo movimento que está sendo chamado de ‘glocalização’, mostrando que há uma tendência de consumo de música local em vários países da Europa.

Em 2012, apenas 1 das 10 maiores canções da Polônia foi cantada em polonês. Dez anos depois, em 2022, esse número subiu para oito. Esse é apenas um dos dados de um novo estudo sobre a ‘glocalização’ do streaming, publicado pelo economista Will Page e pelo pesquisador da Audiomack, Chris Dalla Riva. A pesquisa busca entender o impacto que o streaming está tendo nos artistas e cenas locais em vários países europeus. Isso inclui países onde esta tendência é mais evidente (Itália, Polônia, Suécia, Reino Unido e França, além de alguns onde esta tendência é menos presente (Holanda, Espanha, Alemanha).

Embora a evidência tem se mostrado uma verdadeira tendência, existem particularidades de cada país e cultura nesses dados. Por exemplo: na Holanda, onde o mercado atual não tem correspondido a este movimento, foi observado que este último ano foi bastante escasso para lançamentos de álbuns dos maiores artistas holandeses de hip-hop. Já na Espanha, a tendência está muito mais evidente sobre artistas de língua espanhola (por exemplo, as grandes estrelas latino-americanas) e não tanto sobre artistas espanhóis locais.

O relatório fala sobre “um mercado crescente onde o poder foi transferido de gravadoras globais e plataformas de streaming para seus escritórios locais e de antigos modelos lineares de transmissão para novos modelos de streaming que capacitam os consumidores com escolhas… pode-se imaginar um efeito crescente onde mais sucesso doméstico por parte dos criadores gera mais investimento doméstico por parte de gravadoras globais, o que, por sua vez, gera mais demanda por parte dos consumidores”.

A tendência da ‘glocalização’ no Brasil

Embora não esteja incluído no estudo, o Brasil tem mostrado seu potencial como indústria fonográfica ano após ano, e a maior parte desse crescimento está atrelado ao consumo de música relativa à comunidades locais, como o sertanejo e o funk. 

A Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil, divulgou seu relatório anual sobre o mercado fonográfico brasileiro e registrou pelo sexto ano consecutivo o crescimento da indústria nacional.

O documento aponta que, em 2022, o setor arrecadou R$2,5 bilhões, o que representa um crescimento de 15,4% em relação ao ano anterior. Com isso, o Brasil alcançou o 9º lugar mundial na indústria de música no ranking geral da IFPI, entidade global responsável pela coleta e gestão de dados da indústria fonográfica mundial.

Consumo de música sertaneja e Funk impulsionaram mercado fonográfico brasileiro

O relatório da Pró-Música ainda apresentou o ranking das 200 músicas mais tocadas nas plataformas de streaming no Brasil em 2022. Você pode conferir o documento completo aqui e logo abaixo o ranking das dez músicas mais reproduzidas, com bastante destaque para músicas do Sertanejo. Você também pode acessar o relatório na íntegra do IFPI por aqui.

Músicas mais tocadas nas plataformas de streaming no Brasil em 2022

1. Hugo & Guilherme, Marília Mendonça – “Mal Feito (Ao Vivo)”
2. Xamã, Gustah & Neo Beats – “Malvadão 3”
3. George Henrique & Rodrigo – “Vai Lá Em Casa Hoje (feat. Marília Mendonça)”
4. Gusttavo Lima – “Bloqueado (Ao Vivo)”
5. Jorge & Mateus – “Molhando o Volante”
6. Gusttavo Lima – “Termina Comigo Antes”
7. Zé Felipe – “Malvada”
8. Matheus Fernandes & Xand Avião – “Balanço da Rede”
9. Henrique & Juliano – “A Maior Saudade (Ao Vivo)”
10. Davi Kneip, Mc Frog, DJ Gabriel do Borel & Luísa Sonza – “Sentadona S2”


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