Em 2023, a indústria musical do Japão está passando por mudanças significativas, e uma palavra-chave está no centro de tudo: ‘Superfãs’. Esses fãs devotos estão moldando a forma como a indústria musical opera no país, e aqui, exploramos três maneiras pelas quais a indústria musical japonesa atende e depende desses entusiastas.
Superfãs no Japão: A Espinha Dorsal da Indústria Musical
No Japão, o mercado de música gravada é o segundo maior do mundo. Em 2022, o streaming de música por assinatura gerou mais de meio bilhão de dólares, atingindo US$ 575 milhões. No entanto, o que é notável é que, ao contrário de muitos outros mercados, o Japão ainda valoriza a música física, com os CDs liderando o caminho.
As vendas de CDs no Japão ultrapassaram US$ 987 milhões em 2022, registrando um crescimento de 5% anual. A razão por trás disso é a lealdade excepcional dos fãs japoneses a seus artistas e sua inclinação para colecionar produtos físicos.
Shunsuke Muramatsu, CEO da Sony Music Entertainment Japan, enfatiza a devoção dos fãs japoneses à música e mercadorias físicas de alta qualidade, que muitas vezes esgotam rapidamente.
1. A ‘Superloja’ da Universal Music Group em Tóquio
A Universal Music Group reconheceu o valor dos superfãs japoneses e abriu uma “superloja” em Tóquio dedicada a eles. Localizada em Harajuku, a loja oferece experiências únicas, lançamentos de produtos e lojas temporárias. Isso representa uma mudança incomum na indústria, mostrando como o Japão está focado em atender às necessidades dos superfãs.
2. A Primeira Loja de Varejo da Fender em Tóquio
A Fender, famosa fabricante de guitarras, inaugurou sua primeira loja de varejo em Tóquio, também em Harajuku. Os superfãs não apenas compram música, mas também desejam adquirir os instrumentos usados por seus artistas favoritos. A loja oferece uma experiência completa para os amantes da música, com espaço para eventos, shows, discussões e produtos de moda.
3. O Sucesso Contínuo da Tower Records no Japão
A Tower Records tem uma história distinta no mercado japonês em comparação com os Estados Unidos. Enquanto a marca desapareceu nos EUA, no Japão, ela prospera com mais de 80 lojas. Sua principal loja em Shibuya é uma das maiores do mundo, e os CDs continuam sendo valorizados, não apenas pela música, mas pelas vantagens oferecidas, como ingressos prioritários e eventos exclusivos.
Em resumo, a indústria musical do Japão está profundamente interligada com seus superfãs, e as empresas globais estão se adaptando para atender a essa demanda. Os superfãs continuam a impulsionar o sucesso da música no Japão, mantendo viva a tradição dos produtos físicos em uma era digital.
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