O Spotify, uma das maiores plataformas de streaming musical do mundo, está prestes a implementar uma série de alterações significativas em sua política de royalties a partir do início de 2024. Essas mudanças visam otimizar a distribuição de pagamentos aos artistas, especialmente focando naqueles que dependem mais das receitas de streaming. Vamos explorar algumas das principais transformações que estão por vir com o pagamento do Spotify 2024.
1. O Limite de 1.000 Streams: Uma Mudança Controversa
Uma das mudanças mais debatidas é a introdução de um limite mínimo de 1.000 streams nos últimos 12 meses para que uma faixa gere royalties na plataforma. Segundo o blog oficial do Spotify, essa medida visa redirecionar os pequenos pagamentos que muitas vezes não chegam aos artistas, destacando que “dezenas de milhões” de faixas tiveram entre 1 e 1.000 streams no último ano, gerando em média apenas US$ 0,03 por mês.
2. O Número Mínimo de Ouvintes Únicos: Uma Camada Adicional de Proteção
Além do limite de streams, a partir do primeiro trimestre de 2024, será necessário um número mínimo de ouvintes únicos para que uma faixa seja elegível para royalties. O Spotify afirma que isso visa evitar práticas de streaming artificial, garantindo que um grupo restrito de usuários não possa manipular o sistema. No entanto, o número exato não será divulgado publicamente para evitar possíveis manipulações.
3. Como os Royalties Serão Calculados: Transparência na Monetização
O Spotify esclareceu que o novo modelo de pagamento não aumentará o valor total do pool de royalties de música. Os royalties de gravação continuarão a ser calculados com base no streamshare, mas, a partir de 2024, apenas faixas elegíveis serão consideradas. Isso significa que uma faixa gerará royalties apenas no primeiro mês em que atingir a elegibilidade, excluindo streams de meses anteriores.
4. Faixas em Fluxo no Pagamento Spotify 2024
Uma peculiaridade notável é que as faixas podem entrar e sair da elegibilidade com base em sua popularidade ao longo do tempo. Isso significa que uma faixa pode se tornar elegível, perder essa condição e recuperá-la novamente à medida que sua popularidade flutua. O Spotify esclarece que todas as faixas com pelo menos 1.000 streams globais nos últimos 12 meses serão incluídas nos cálculos de streamshare para royalties a cada mês.
Essas mudanças, embora tenham gerado controvérsias, representam uma tentativa do Spotify de aprimorar a distribuição de receitas aos artistas. O impacto real dessas alterações só será compreendido à medida que 2024 se desenrola, mas o setor musical certamente continuará a evoluir à medida que as plataformas de streaming ajustam suas políticas para atender às demandas em constante mudança.
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